sábado, 26 de março de 2011

COLETIVA SBT : AMOR E REVOLUÇÃO


A apresentação à imprensa da nova aposta do SBT ocorreu quarta-feira, dia 23, durante uma coletiva no Centro Universitário Maria Antonia (ou, Espaço Maria Antonia), da Universidade de São Paulo (USP), na Vila Buarque, região central da cidade. Foi exibido um vídeo de 15 minutos com as cenas mais sugestivas da trama (espancamentos,
explosões, tiroteios...) 

e, em seguida, Santiago, o diretor-geral, Reynaldo Boury, e boa parte do elenco conversaram com os jornalistas. 

Daniela Beyruti
Filha mais velha de Sílvio Santos e diretora artística e de programação da emisssora, Daniela Beyruti também esteve na entrevista
Sérgio Madureira aplaudido de pé
-- cuja única nota triste foi a ausência do produtor Sérgio Madureira. Ele sofreu um AVC (acidente vascular cerebral), no início do mês, e permanece hospitalizado, em coma. Atores, diretores e convidados aplaudiram de pé Madureira.

Subversivos, pero no mucho. Românticos, talvez um tanto além da conta. Não se sabe exatamente a dose a ser aplicada pelo autor, Tiago Santiago, mas esses são os principais ingredientes de Amor e Revolução, cuja estréia foi confirmada pelo SBT para 5 de abril, às 22h15min.
            Santiago diz, contudo, que o folhetim não vai se limitar a mostrar a luta armada pela restauração do Estado de Direito no País, após o golpe militar de 1964. Mas admite que esse será o fio condutor da trama. "O objetivo é retratar o período mais negro da nossa História, com todas as atrocidades nele praticadas, mas haverá romance, muito beijo na boca e muito triângulo amoroso. E vai haver, também, um núcleo cômico. Será, em síntese, uma grande estória de amor em meio à truculência da ditadura militar."
Claudio  Lins
            Ele não exagera quando recorre a essa definição -- "será uma grande estória de amor" --, já que osprotagonistas estão em lados opostos da trincheira. José Guerra, vivido por Cláudio Lins, é um militar de alta patente, lotado no centro de informações do Exército.
Claudio Lins e Graziela Schmitt
 Ele conhece e se apaixona por Maria Paixão, interpretada por Graziela Schmitt, uma universitária, líder do movimento estudantil e engajada na luta armada. Como é um lugar comum nas novelas, a jovem também se apaixona por ele.
            Tudo talvez fosse diferente nesse relacionamento, se o casal não tivesse se encontrado logo após o golpe de Estado que impôs o regime autoritário ao Brasil. Mas há um atenuante -- sempre há um atenuante nos folhetins --, que vai viabilizar essa união. Embora seja filho de um oficial que faz a linha prendo-e-arrebento, José Guerra é um democrata e apoia abertamente os direitos civis, razão pela qual tem divergências incontornáveis com o pai, o general Lobo Guerra -- personagem de Reinaldo Gonzaga.
Jayme Periard
            Maria Paixão, enquanto isso, é presa várias vezes, torturada e seviaciada pelo delegado Aranha (Jayme Periard) e, quando não está na cadeia, tem de viver escondida, fugindo de um lado para outro. Outros vilões de destaque são o inspetor Fritz (Ernando Tiago) e o major Filinto (Nico Puig). Santiago diz que os personagens são fictícios, nada têm a ver com os personagens reais, que vivenciaram as agruras da época.
Mas é claro que alguns personagens reais, se vivos forem, vão identificar muitos personagens fictícios.
            Pode-se notar pelo sufoco por que passam José Guerra e Maria Paixão -- eles terão de enfrentar, também, antagonistas que estão fora do eixo militares-milionários patrocinadores do arbítrio --, na esperança de chegar juntos ao fim da novela. Os rivais sem farda e sem fortuna do casal são o jovem dramaturgo de esquerda Mário Vieira (Gustavo Haddad) e a bela e glamurosa atriz Miriam (Thais Pacholek).
Serão, ao todo, 35 atores fixos, mais participações extras, com a previsão inicial de que a saga de Amor e Revolução tenha 180 capítulos -- 45 dos quais já entregues à produção e mais da metade deles já gravados.

   fotos: divulgação
   texto: Renato Savarese      
            

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