quinta-feira, 14 de abril de 2016

HIPERTENÇÃO PULMONAR TROMBOEMBÓLICA CRÔNICA

Dia 13 de abril, no Tivoli São Paulo - Mofarrej, a Bayer, apresentou a coletiva de imprensa sobre Hipertenção Pulmonar Tromboembólico Crônica, mostrando, segundo a pesquisa ABRAF que  76% dos brasileiros desconhecem doença.
 Dr. CAIO JULIO CESAR DOS SANTOS FERNANDES

O pneumologista do Grupo de Circulação Pulmonar do INCOR-Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, ressalta ainda que a doença reduz a capacidade de realizar atividades cotidianas, como tomar banho, vestir-se, andar curtas distâncias e subir escadas. Para a detecção são realizados exames de ecocardiograma, eletrocardiograma, teste ergométrico, cintilografia V/Q scan e outros testes. “No entanto, para um diagnóstico definitivo de HP é necessária a inserção de um cateter especial sensível à pressão no lado direito do coração (cateterismo cardíaco direito). Recomendamos sempre que, para uma melhor chance de sucesso, pacientes com HP precisam ser tratados em centros especializados”, esclarece o médico.
Dados apontam que 1 em cada 4 entrevistados não sabe como tratar a doença e,
em caso de supeita, menos da metade procuraria um pneumologista 
COLETIVA BAYER
A pesquisa mostrou ainda o desconhecimento acerca das implicações da doença. Cerca de 25% dos entrevistados não sabem dizer quais as possíveis consequências da doença. Entre as principais complicações causadas pela doença estão a insuficiência cardiaca e respiratória, arritmias e sangramento dos pulmões. 
MARIANA DE OLIVEIRA - PACIENTE
"O paciente pode apresentar falta de ar, cansaço, tontura, dor no peito, desmaios, lábios e pele azulados, pulso acelerado, inchaço nos tornozelos, abdômen ou pernas e dificuldade respiratória mesmo estando em repouso. Algumas vezes,  a HP pode ser assintomática e, no momento em que os sintomas aparecem, a doença pode já estar em estágio avançado e não reversível. Na maioria dos casos, entre o primeiro sinal e o diagnóstico correto, o paciente pode levar alguns anos”, reforça a especialista.

TRATAMENTO:
A pesquisa indicou que 1 em cada 4 entrevistados não faz ideia de como tratar a HPTEC e, em caso de suspeita, menos da metade (47%) procuraria um pneumologista, já 21% não sabe qual especialista buscar. 
KARINA OLIANI, ALPINISTA 
O principal tratamento para a HPTEC é a cirurgia. No entanto, 40% dos pacientes é inoperável e, até 35% deles apresenta hipertensão pulmonar persistente ou recorrente após cirurgia. A utilização de medicamentos, apontada por 43% dos entrevistados como a melhor opção de tratamento, é a terapia indicada nesses casos onde o procedimento cirúrgico é contraindicado ou não resolve o problema.  

Segundo Paula Menezes, presidente da ABRAF, “o acesso ao tratamento é uma forma de prover dignidade ao paciente. Uma pessoa que não consegue nem pentear os próprios cabelos sem ter falta de ar não se sente minimamente inserida na sociedade”.


ENTENDENDO A HIPERTENÇÃO PULMONAR
A doença pode afetar pessoas de todas as idades, incluindo crianças, mas a maioria dos diagnósticos ocorre entre 40 e 50 anos de idade, podendo surgir isoladamente ou com outras doenças subjacentes.  Estudos sugerem que a deficiência de óxido nítrico (ON), acompanhada de disfunção do endotélio (o revestimento interior dos vasos sanguíneos), consistem no principal problema da HP e estão associadas à progressão da doença e morte.

Existem cinco tipos de HP, sendo que cada um pode atingir o paciente de uma forma diferente e as causas podem ser distintas. Os subtipos com base nas diferentes causas subjacentes são: 

Hipertensão arterial pulmonar (HAP): inicia nos pequenos vasos sanguíneos; 
HP devido à doença do coração esquerdo: como o próprio nome sugere, os primeiros sinais surgem do lado esquerdo do coração; 
HP devido a doenças pulmonares e/ou hipoxemia: aparece  no tecido pulmonar;

Sobre a ABRAF
É uma associação que busca apoiar toda a comunidade de hipertensão pulmonar. Criada em 2006, diante de um drama pessoal vivido pelos seus fundadores, Paula Menezes, Presidente, e Paulo Menezes, vice-presidente, atua em âmbito nacional e internacional, promovendo diversas ações de conscientização e luta pelos direitos dos pacientes. No âmbito internacional, a ABRAF representa o Brasil na Sociedade Latina de Hipertensão Pulmonar e possui um Memorando de Entendimento com a PHAssociation, nos Estados Unidos, contribuindo para o intercâmbio de informações e melhores práticas na condução da entidade. A missão da ABRAF é prover dignidade e qualidade de vida aos pacientes, fazendo valer, de forma integral, os seus direitos.
http://www.respirareviver.org.br/ 


fotos: divulgação


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