sábado, 26 de outubro de 2019

“TEMOS QUE APRENDER COM O bRASIL ”, DIZ ANGELA DAVIS SOBRE FEMINISMO NEGRO

Nesta segunda, a ativista e filósofa reuniu mais de 15 mil pessoas em uma conferência sobre a luta pela liberdade
Nas ruas do Alabama, um dos estados mais racistas dos Estados Unidos, cresceu um dos principais nomes do movimento negro mundial: Angela Davis. A professora e filósofa socialista está em sua oitava visita ao Brasil, sendo que esta é a primeira em São Paulo, para participar de conferências e lançar seu livro UMA AUTOBIOGRAFIA, pela editora Boitempo. Além da publicação, a ativista anunciou nesta segunda-feira (21) que será produzido um filme com a sua história.

A obra reúne os caminhos que Davis percorreu não só na militância negra, mas como na política. Para ela, o socialismo seria o modelo mais juntos, já que o mesmo preza pela distribuição equilibrada de riquezas e propriedades para diminuir a distância entre ricos e pobres. Tal posição fez com que Angela se filiasse ao Partido Comunista na década de 60.

Essa crença política também está ligada ao histórico familiar de Angela, que é filha de professores e ativistas. Entretanto, o seu posicionamento político custou a sua liberdade. Nos anos 70, a ativista era considerada uma das dez pessoas mais perigosas dos Estados Unidos depois de participar de uma ação de militantes do Partido Panteras Negras, no Tribunal Superior do Centro Cívico de Marin County, na Califórnia.

Segundo o juiz responsável pelo caso na época, a arma usada na invasão estava no nome da ativista. Porém, as motivações políticas de pessoas que não concordavam com o posicionamento de Angela são consideradas cruciais para a prisão arbitrária. Isso fez com que a Davis consolidasse ainda mais seu posicionamento antipunitivista e anticarcerário.

fotos: (Sean Drakes/Getty Images)


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